“CONSOLAI, CONSOLAI MEU POVO, DIZ VOSSO DEUS”
19.05.2021 - 04:00:00 | 5 minutos de leitura
O Título Agostiniano de Nossa Senhora da Consolação e Correia
Fr. Roan Ataíde - Nossa Senhora da Consolação e Correia é a Padroeira e Rainha da Ordem Agostiniana, o título mais doce e carinhoso que a Ordem honra à Mãe de Deus. Nossa Paróquia do Leblon está intimamente ligada a este título tão doce, tão amável, tão santo da Virgem Maria. Não somente porque temos, no templo paroquial para a veneração dos fiéis, uma das mais belas imagens que a Ordem possui com este título, ou que se encontra, entre os grupos, movimentos, pastorais e serviços da Paróquia Santa Mônica a Arquiconfraria de Nossa Senhora da Consolação e Correia, enriquecida com numerosos bens espirituais e especiais indulgências, mas porque antes mesmo a paróquia agostiniana recoleta do Leblon fosse criada como tal, a titular de uma capelinha no areal que viria a ser o bairro do Leblon, era, precisamente, a Virgem da Consolação e Correia. Os religiosos agostinianos recoletos sempre a consideramos como Padroeira da nossa Paróquia (entendendo como o título mariano mais querido e admirado nesta comunidade). A “consolação” encontra suas raízes bíblicas no livro do Profeta Isaías, o grande profeta anunciador dos desígnios de Deus e da esperança messiânica. Diante do povo cativo, Isaías é chamado a proclamar uma “palavra de ânimo e esperança”. Justamente “consolação”, nas Escrituras Sagradas, é levar uma palavra de “ânimo e esperança”, mais que sentir lástima e pena. Os capítulos 40 ao 53 do livro deste grande profeta do Antigo Testamente, são nomeados o “Livro da Consolação de Israel” que se inicia com as alentadoras palavras: “Consolai, consolai meu povo, diz vosso Deus”. São palavras que, até hoje, penetram nosso coração e nos enchem de alento, coragem, força e energia, pois vêm de um Deus que quer bem o seu povo: “Eu, eu mesmo sou aquele que te consola” (Is 51, 12a). Nestes capítulos se encontram os “Cânticos do Servo de Javé”, pré anúncios da paixão de Jesus Cristo. Sabemos que a maior Consolação nos veio por Maria: ela nos deu a Palavra que se fez carne em seu seio e habitou no meio de nós (Cf. Jo 1,14). É o Filho de Maria a grande Consolação da humanidade porque só Ele tem “palavras de vida eterna e nos cremos e sabemos que ele é o Filho de Deus” (Cf. 6,68). Jesus dirigiu a todos os necessitados aquela palavra que não nos deixa prostrados em nossas derrotas. Sua palavra é palavra de salvação que nos arranca de nossas misérias. Por outro lado, aquela que gerou a palavra encarnada, que conviveu com ela, não apenas três anos como os apóstolos, os discípulos e discípulas de Jesus, mas trinta anos escondidos do lar de Nazaré; aquela que escutou os segredos e as intimidades daquele Filho que ela sabia ser Filho do Altíssimo (Lc 1,32); aquela que foi mestra e discípula da Palavra nos dá também uma palavra de ânimo e esperança ao nos dizer: “Fazei o que meu filho vos disser” (Cf. Jo 2,5). Fazer o que seu Filho nos disser para que tenhamos força nas provações, auxílio nas dificuldades, esperanças nas adversidades, fortaleza de ânimo na perseverança da fé, constância na prática do bem. Por isso, Maria tem, com toda justiça, o título de Nossa Senhora da Consolação. Ela sabe e conhece as necessidades de seus filhos que peregrinamos neste mundo rumo àquela cidade onde “Deus será tudo em todos” (1Cor 15,28b). Por outro lado, porque em tudo cumpriu o que o Senhor lhe disse e foi sua discípula fiel, a vemos hoje coroada de glória por ser a Serva do Senhor, ela se apresenta a nós como “sinal de esperança segura e de consolação” (Lumem Gentium 68). “Filhos da consolação” também nós somos chamados a levar uma palavra de ânimo para o nosso povo. Nestes últimos anos nos quais pareceria que o abatimento toma, com suas escuras e terríveis garras, as várias realidades de nossa vida em sociedade, por sermos bombardeados por fatos e notícias desalentadoras, temos que descobrir, iluminados pela Palavra de Deus e com mesma força iluminadora que a própria Palavra nos dá, sinais de esperança e alento. Saber e anunciar que a esperança por dias melhores já se avizinham. Que a maldade não tem a mesma força poderosa da bondade. Que a justiça é sempre o caminho correto para a paz. Que fazer o bem tem uma força inimaginável e revolucionária diante daqueles que seguem, empedernidos, fazendo o mal. “Não fiqueis lembrando coisas passadas, não vos preocupeis com acontecimentos antigos. Eis que farei uma coisa nova, ela vem despontando: não a percebeis?” (Is 43,18-19). Deus é Deus! Ele nos deu sua Mãe para ser mãe nossa, cheia de consolo e ternura, para nos socorrer em nossas necessidades. Recorramos a Ela. Façamos como o Filho de Deus: cresçamos na fé nos braços maternos e consoladores da Virgem Maria.
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